O candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), para edil de Maputo, Venâncio Mondlane, percorreu nesta sexta-feira, 15 de Novembro, os mercados Malanga, Fajardo e Central, onde privilegiou um contacto directo com os potenciais eleitores – muitos dos quais jovens desempregados e vendedeiras – a quem prometeu emprego e melhorar as condições do local onde trabalham.
No entanto, o seu grande projecto continua a ser Clínica Municipal e a requalificação dos mercados. Hoje, 15 de Novembro, o primeiro encontro entre Venâncio Mondlane e os (seus potenciais) eleitores ocorreu na Avenida do Trabalho, onde se encontra o Mercado Malanga.
A partida, no local, o candidato a presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo e os seus simpatizantes recorreram às águas impuras estagnadas e que jorram continuamente do deficiente sistema de drenagem para maldizer o desempenho da edilidade ao mesmo tempo que fazia promessas de – caso seja eleito – transforme aquele sistema.
O candidato fez uma campanha em que – dada a simpatia com que se lhe recebem os populares – fica muito difícil que ele apresente os seu planos de governação. Na Malanga, além de depreciar o trabalho desenvolvido por David Simango, muitas vezes, dirigem-se ao candidato do MDM como ele fosse uma espécie de Meca.
Queixam-se e depositam a sua confiança em sim enchendo-lhe de uma série de pedidos sobre muitos aspectos sobre querem que os resolva. O concorrente que quase mergulhou nas águas sujas e nauseabundas que alagaram a Avenida do Trabalho, simulou uma cena de pesca para depreciar o desempenho do dirigente actual do Município de Maputo.
De qualquer modo, para Venâncio Mondlane não faz sentido que a relação entre os vendedores – os que trabalham nos mercados formais ou informais – tenham uma relação de animosidade em que, na suas palavras, e edilidade os policia complicando o desenvolvimento normal das suas actividades. “Nós entendemos que o munícipe é o parceiro do Conselho Municipal”, refere.
Houve vendedeiras – já que a sua campanha é mais acorrida por mulheres e jovens – que se queixaram do facto de a sua actividade não lhe garantir segurança social. “Eu sou uma trabalhadora, porque pago imposto ao Conselho Municipal. Mas quando envelhecer, como está acontecer, eu serei abandonada a minha sorte. Quero que a edilidade tenha em conta essa realidade”, disse uma senhora condicionado o seu voto.
Venâncio Mondlane faz a sua campanha acompanhado pelo jovem músico moçambicano Rachid Suleimane que – para muitas das suas fãs – tem sido uma atracção de eleitores para o Movimento Democrático de Moçambique o seu candidato á edil de Maputo.
De acordo com Mondlane, o Mercado Malanga foi escolhido por ser um dos que – em Maputo – possui todos os problemas relacionados com a ineficácia da recolha do lixo, a existência de estradas esburacadas, a precariedade em que as pessoas trabalham que, no final, só dificulta o bom ritmo da actividade comercial.
“Retirem-se daqui, nós vamos votar na Frelimo”, disseram umas senhoras, supostamente, que fazem parte da célula do Partido Frelimo ao nível do Mercado Malanga. No entanto, do outro lado, na extensão, no Nwankakana houve também mulheres que se aborreceram com a presença do Movimento Democrático de Moçambique – o que azedou as relações no seu seio.
