O candidato do Movimento Democrático de Moçambique, Venâncio Mondlane, escalou de novo o bairro de Maxaquene, onde esteve ontem, para pedir votos aos seus moradores, que reclamam da falta de um sistema de saneamento. Segundo Venâncio Mondlane, a escolha daquele bairro deve-se ao facto de o seu manifesto prever um plano de requalificação da zona, que é considerada uma das problemáticas da cidade de Maputo.
Tal situação é testemunhada pelos seus moradores, que se queixam da inexistência de drenagens. “Estamos mal. Não temos drenagens e quando chove as residências ficam inacessíveis. Temos de recorrer a botas.
O solo já está saturado. Fizeram muitas promessas mas não passaram disso”, disseram os moradores, que pediram ao candidato do MDM para cumprir as promessas que faz aos munícipes. MDM acusa Frelimo de fazer jogo anti-democrático Entretanto, o MDM, a nível da cidade de Maputo, acusou a Frelimo de usar métodos que em nada abonam a democracia ao instruir as estruturas dos bairros para não ceder espaços para a realização de showmícios aos outros partidos.
“Remetemos muitas cartas nas administrações dos bairros mas as respostas são as mesmas. Dizem que os campos não podem ser cedidos porque há actividades agendadas. Isso é anti-democrático”, disse uma fonte do MDM, que também denunciou actos de perseguição contra o artista Richard Suleimane, contratado para fazer parte da campanha do candidato Venâncio Mondlane.
“Ontem ele foi impedido de actuar no espectáculo alusivo aos 126 anos da cidade de Maputo, apesar de ter assinado um contrato. Ameaçaram fechar-lhe as portas para sempre caso continue a dar a cara pelo MDM. Ele foi contratado, é um artista e tem uma família por sustentar. Por mais que fosse do MDM, estamos num país democrático. Não há mal nenhum isso. Todo o cidadão é livre de se filiar a um partido, pode não ser a Frelimo”, explicou.

