Ativistas sírios disseram que estão a tentar entregar amostras de corpos de vítimas de um suposto ataque com armas químicas perto de Damasco a uma equipe de inspetores da ONU que está hospedada em um hotel a poucos quilómetros do local do ataque.
“A equipe da ONU falou connosco e desde então nós preparamos amostras de cabelo, pele, sangue e mandamos de volta para Damasco com mensageiros de confiança”, disse o ativista Abu Nidal, falando da cidade de Arbin.
A oposição acusa as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, de disparar bombas carregadas com gás venenoso antes do amanhecer da quarta-feira, durante uma ofensiva nos subúrbios de Damasco que estão sob controle dos rebeldes.
O Exército tem atacado a área, conhecida como região de Ghouta, desde terça-feira à noite com disparos aéreos e de artilharia que dificultam o acesso aos locais com possíveis evidências do ataque químico.
Especialistas em armas químicas dizem que cada hora conta – quanto mais o tempo passa, é mais provável que as evidências sejam acobertadas ou adulteradas. As autoridades sírias afirmam que as alegações contra suas forças são “ilógicas e fabricadas”.
A revolta na Síria contra quatro as décadas de governo da família Assad se transformou em uma guerra civil que já matou mais de 100 mil pessoas em mais de dois anos.