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Ativistas sírios denunciam mortes por execução perto de Damasco

Corpos de pelo menos 79 pessoas foram encontrados em uma cidade perto de Damasco neste sábado, segundo ativistas, que disseram que muitos eram de jovens aparentemente “executados” por soldados sírios.

Os corpos elevariam para 149 o total de mortos em uma ofensiva lançada pelas forças do presidente Bashar al-Assad em Daraya, no sudoeste de Damasco, segundo contagem de ativistas da oposição na capital.

Devido às restrições ao trabalho da mídia não estatal, era impossível verificar de forma independente os relatos.

O grupo de ativistas Comité de Coordenação Daraya disse em comunicado que entre os encontrados com tiros na cabeça estavam oito membros da família al-Qassaa: três crianças, o pai e a mãe delas e outros três parentes. Os corpos foram encontrados num prédio residencial perto da mesquita Mussab in Umeir, em Daraya, disse o grupo.

Mohammad Hur, um ativista de Daraya, disse que 36 corpos de jovens foram encontrados num prédio junto com várias pessoas gravemente feridas, que não puderam ser transferidas para hospitais na região porque o exército os havia ocupado. Outros 12 corpos foram encontrados no porão de outro prédio, disse ele.

“Estamos no processo de identificar os corpos e documentar como eles morreram. Evidência inicial mostra que a maioria foi morta à queima-roupa, com tiro no rosto, pescoço e cabeça, ao estilo de execução”, disse Hur pelo telefone.

“Mulheres de pelos menos duas famílias disseram que os soldados mataram a tiros seus irmãos na frente delas”, acrescentou.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha e dirigido pelo dissidente Rami Abdelrahman, disse ter recebido relatos de dezenas de corpos encontrados em Daraya, mas que ainda não havia confirmado como eles haviam sido mortos.

Abdelrahman disse que pelo menos 300 pessoas foram mortas na ofensiva do exército em Daraya e no subúrbio vizinho de Mouadamiya nos últimos dias.

O exército invadiu Daraya, uma das várias favelas de maioria sunita que cercam Damasco, no sábado, depois de três dias de bombardeios que mataram 70 pessoas, segundo fontes da oposição e moradores que disseram que a maioria dos mortos era composta por civis.

 

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