Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Ativistas de direitos humanos pedem interdição do Presidente gambiano nas reuniões internacionais

Várias organizações senegalesas de defesa dos direitos humanos prometeram contactar as instituições políticas africanas e internacionais para pedir a exclusão do Presidente gambiano, Yahya Jammeh, das suas actividades, na sequência da execução, no seu país, de nove prisioneiros condenados à morte.

«Vamos contactar as instituições políticas como a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana (UA) e as Nações Unidas para que o Presidente gambiano Yahya Jammeh deixe de participar nas suas actividades», indicou o presidente do Encontro Africano para a Defesa dos Direitos Humanos (RADDHO), Alioune Tine, durante uma conferência de imprensa.

Tine anunciou igualmente a organização, esta Quinta-feira (30), duma marcha de protesto diante da Embaixada da Gâmbia em Dakar.

Ele pediu às organizações dos direitos humanos para deixar de viajar para a Gâmbia para participar nos encontros da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos (CADHP), sediada em Banjul, capital gambiana.

Esta Comissão foi chamada também a deixar de organizar reuniões na Gâmbia. Segundo Tine, « Yahya Jammeh beneficiou dum regime de complacência que durou demasiadamente».

Por seu turno, o presidente da Liga Senegalesa dos Direitos Humanos (LSDH), Assane Dioma Ndiaye, qualificou o chefe de Estado gambiano de «ditador que tem um desprezo soberano pelos seus pares».

Enquanto isso, o responsável local da Amnistia Internacional (AI), Seydi Gassame, denunciou a atitude do Governo senegalês que, segundo ele, não fez nada para salvar os dois Senegaleses que figuram entre os condenados executados.

Lembre-se que, Segunda-feira última, o Ministério gambiano do Interior confirmou a execução de nove prisioneiros condenados à morte.

Entre estes nove executados, figuram dois cidadãos senegaleses, Djibril Bâ e a senhora Tabara Samb, enquanto o seu compatriota Saliou Niang encontra-se ainda no corredor da morte.

Depois do seu regresso duma viagem à África do Sul, o Presidente senegalês, Macky Sall, pronunciou um discurso firme, anunciando ter instado o seu primeiro-ministro a convocar, Quarta-feira, o embaixador da Gâmbia no Senegal para lhe notificar do protesto do Senegal contra a execução dos condenados à pena capital.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!