Atiradores invadiram uma faculdade no norte da Nigéria, esta quarta-feira (17), dispararam contra estudantes em fuga e realizaram uma explosão, um ataque que matou 15 pessoas e feriu 35, informou a polícia.
Ninguém assumiu de imediato a autoria do atentado na maior cidade da região, Kano, mas o grupo militante islâmico Boko Haram, que tem atacado civis no norte frequentemente, deve tornar-se um dos principais suspeitos.
Um porta-voz da polícia acrescentou que os policiais chegaram à cena do crime e mataram dois dos atiradores. “Ouvimos vários disparos da área do portão, e depois de alguns minutos ouvimos uma explosão no auditório”, disse Sanusi Umar, que lecciona inglês na faculdade federal e testemunhou o ataque de um edifício vizinho.
“Os atiradores vestiam ternos e corriam e disparavam para todo o lado”. Os insurgentes do Boko Haram, cujo nome significa “a educação ocidental é proibida”, lutam para criar um Estado islâmico na Nigéria.
As escolas do estilo ocidental são um alvo preferencial dos seus atentados, que incluem vários massacres nas escolas secundárias e o sequestro de 200 alunas do vilarejo de Chibok em Abril. Em contrapartida, as escolas que ensinam doutrinas islâmicas têm sido deixadas em paz.
O governo do presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, e as forças armadas têm sido cada vez mais criticados por estarem a fracassar no contra-ataque ao Boko Haram. Num comunicado, Jonathan afirmou que “o governo continua a fazer tudo em seu poder para reforçar a capacidade das… agências de segurança de levar a guerra contra o terrorismo a uma conclusão bem sucedida e proporcionar maior segurança… em todo o país”.