Rebeldes islâmicos mataram pelo menos quatro pessoas esta terça-feira ao tentarem tomar o Parlamento da Chechênia, no sul da Rússia, em um ataque suicida que demonstra o fracasso da Rússia em sua investida para suprimir a insurgência na região. Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas no ataque, um dos mais ousados em Grozny nos últimos anos.
Três rebeldes invadiram o complexo do Parlamento na capital chechena, Grozny, às 8h45, num momento em que os deputados chegavam para o trabalho. O ataque durou até forças do governo invadirem o prédio.
Um dos homens fez-se explodir e dois outros começaram a atirar indiscriminadamente enquanto gritavam “Allahu Akbar” (“Deus é grande”), disse uma fonte da Reuters que falou com uma testemunha que estava no edifício do Parlamento.
Os dois rebeldes entrincheiraram-se no salão do térreo e se explodiram quando as forças leais ao líder checheno, Ramzan Kadyrov, irromperam no Parlamento. “Foi realizada uma operação especial para destruir os insurgentes”, disse Kadyrov em um breve comunicado. Ele declarou que todos os deputados e outras pessoas dentro do prédio haviam sido libertados.
Anteriormente, o Comitê Investigativo Federal russo havia afirmado que os quatro rebeldes tinham sido mortos. A agência russa Interfax informou que os rebeldes tinham tomado reféns, mas era impossível confirmar isso.
Os líderes da Rússia vêm tentando conter uma crescente insurgência islâmica no norte do Cáucaso, uma região formada principalmente por províncias muçulmanas pobres no sul do país, cuja população é predominantemente cristã ortodoxa.