Uma explosão matou, esta Quarta-feira, pelo menos seis pessoas, incluindo os dois mais altos dirigentes desportivos da Somália, no recém reaberto teatro nacional na capital Mogadíscio, durante um evento com a participação de autoridades.
Os rebeldes do grupo Al Shabaab assumiram a responsabilidade pelo ataque a bomba, que matou os chefes da federação de futebol do país e do comité olímpico nacional, em mais uma lembrança da frágil situação de segurança vivida pelo país.O ataque era uma aparente tentativa de matar o primeiro-ministro, que discursava num evento para marcar o primeiro aniversário do novo canal de TV por satélite do país.
“Estamos por trás da explosão no teatro. Ministros e legisladores infiéis eram o nosso alvo e eles foram as vítimas de hoje (quarta-feira)”, disse o porta-voz das operações militares do grupo, xeique Abdiasis Abu Musab, à Reuters.
O Teatro Nacional da Somália reabriu a 19 de Março pela primeira vez em 20 anos, um evento que o governo disse demonstrar a notável melhora na segurança no país devastado por guerras no Chifre da África.
Os rebeldes da Al Shabaab, porém, que retiraram-se da capital em Agosto passado, continuaram a atingir alvos no coração da cidade costeira usando bombas nas estradas, morteiros e homens-bombas.
Sirenes de ambulância foram disparadas enquanto levavam às pressas as pessoas para os hospitais depois das explosões.
O oficial de segurança Mohamed Abdikadir disse à Reuters que havia mortos e feridos, mas não confirmou os números.
Ele disse que as forças de segurança haviam cercado a área. Uma testemunha, Said Mugambe, disse à Reuters que viu quatro corpos. Os relatos iniciais de testemunhas insinuaram que um homem-bomba estaria por trás da explosão.
A Al Shabaab afirmou a 14 de Março, depois de um homem-bomba atacar o palácio presidencial, que mais explosões e ataques com bombas aconteceriam.