Pelo menos 13 pessoas morreram, entre eles deputados e militares, num duplo atentado realizado no começo deste domingo pelo grupo jihadista Al Shabab contra o hotel Sahafi em Mogadíscio, capital da Somália. O ex-chefe das forças armadas somalis Abdikarin Dhegabadan, vários deputados e o gerente do hotel estão entre os mortos.
As forças de segurança somalis asseguram que o ataque, que começou por volta a meia-noite, já está “sob controle”, embora ainda se escutem tiros e bombardeios no interior do complexo, segundo pôde comprovar a Efe.
“As forças especiais da Agência Nacional de Inteligência e Segurança da Somália (NISA, em inglês) conseguiram controlar a situação e agora buscam supostos terroristas. Não há tropas estrangeiras envolvidas”, informou o organismo na sua conta no Twitter.
A operação prossegue com a busca de vítimas sob os escombros do hotel, por isso que agentes de segurança temem que o número de mortos aumente, disse à Efe o general Ibrahim Moalin Tagaysa.
Mais de 20 pessoas que ficaram feridas no ataque foram levadas a hospitais em Mogadíscio, segundo a emissora “Rádio Alfurqaan”.
O presidente da Somália, Hassan Shiekh Mohamud, condenou o ataque e ameaçou lançar uma ofensiva contra o grupo jihadista. “Matar gente inocente não é um ato do Islão, devemos eliminar estes lobos”, disse o presidente somali.
O grupo terrorista A Shabab, braço da Al Qaeda, assumiu imediatamente a responsabilidade pelo ataque.
Um carro-bomba explodiu fora do hotel, utilizado frequentemente por legisladores e funcionários do governo somali, assim como por visitantes estrangeiros e jornalistas. O hotel Sahafi fica perto da sede do Departamento de Investigação Criminal da Polícia da Somália.