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Asteroide passará perto da Terra no dia 15/02, mas sem risco

Um pequeno asteróide vai passar raspando pela Terra na semana que vem, mais perto do que os satélites que circundam o planeta, mas não há chance de impacto, disse a Nasa na quinta-feira.

O visitante celestial, chamado 2012 DA14, foi descoberto no ano passado por um grupo de astrónomos amadores da Espanha. O asteróide tem o tamanho aproximado de uma piscina olímpica, com 46 metros de diâmetro, e deve passar a cerca de 27,5 mil quilómetros da Terra no dia 15. Essa será, portanto, a maior proximidade desde que cientistas começaram a monitorar rotineiramente os asteroides, 15 anos atrás. Satélites de meteorologia e telecomunicações pairam cerca de 800 quilómetros acima disso. A Lua fica 14 vezes mais distante.

Apesar da proximidade, “nenhum impacto com a Terra é possível”, disse a jornalistas o astrónomo Donald Yeomans, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena. O momento de maior aproximação do asteróide será quando for noite em Moçambique.

O DA14 vai cruzar o céu a cerca de 13 quilómetros por segundo. A essa velocidade, um objeto que colidisse com a Terra causaria um impacto equivalente a cerca de 2,4 milhões de toneladas de dinamite. A última vez em que isso ocorreu foi em 1908, quando um asteróide ou cometa explodiu sobre a Sibéria, derrubando 80 milhões de árvores numa área de 2.150 quilómetros quadrados. “Embora não fosse uma catástrofe global se (asteroides) impactassem a Terra, eles mesmo assim causariam bastante destruição regional”, disse Lindley Johnson, que supervisiona o Programa de Observações de Objetos Próximos à Terra, na sede da Nasa, em Washington.

A Nasa tenta atualmente monitorar todos os objetos com pelo menos 1 quilómetros de diâmetro nos arredores da Terra. O objetivo é permitir que os cientistas saibam com a maior antecedência possível se há um asteroide ou cometa em rota de colisão com a Terra, na esperança de que seja possível enviar uma nave espacial ou tomar outras medidas para evitar uma catástrofe.

Há cerca de 66 milhões de anos, um objeto com dez quilómetros de diâmetro caiu no que hoje é a península do Yucatán (México), levando à extinção de muitas espécies de plantas e animais, inclusive os dinossauros. Mas objetos menores caem diariamente do espaço, segundo Yeomans, num total de cem toneladas diárias. “Objetos do tamanho de bolas de basquete vêm diariamente. Objetos do tamanho de um Fusca vêm a cada par de semanas”, afirmou ela, explicando que quanto maior o objeto, menor a frequência das colisões.

Algo do tamanho do DA14 provavelmente cai na Terra a cada 1.200 anos.

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