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Assembleia Geral da ONU defende fim do casamento infantil

A Organização das Nações Unidas (ONU) concordou, esta segunda-feira (24), que todos os seus membros deveriam aprovar e aplicar leis que proíbem os casamentos infantis, resolvendo pôr um fim a uma prática que afecta cerca de 15 milhões de meninas todos os anos.

O grupo de 193 nações da Assembleia Geral que lida com direitos humanos adotou por consenso uma resolução que exorta todos os Estados a adoptar medidas para acabar com “o casamento infantil, precoce e forçado”.

Actualmente existem mais de 700 milhões de mulheres que foram casadas antes de completarem 18 anos, muitas em condições de pobreza e insegurança, de acordo com as estatísticas da ONU.

O casamento infantil entre meninas é mais comum no sul da Ásia e na África subsaariana. No Níger, país do oeste africano que tem a taxa mais alta da prática, 77 por cento das mulheres entre 20 e 49 anos foram casadas antes dos 18 anos.

Bangladesh tem o maior número de rapazes que se casaram antes dos 15 anos de idade e a Índia abriga um terço de todas as noivas ainda na infância no mundo.

Christine Kalamwina, a vice-representante permanente da Zâmbia, que tomou a iniciativa da resolução com o Canadá, afirmou que o casamento infantil impede a redução da pobreza, a educação, a igualdade de gêneros e o empoderamento feminino, a saúde materna e o combate à SIDA e a outras doenças.

Entre os 118 países que apoiaram a resolução estão Mali, Etiópia e a República Centro-Africana, três dos 10 países com os maiores índices de casamento infantil.

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