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Assegurados recursos para linha de transmissão de energia Tete-Maputo

O Governo moçambicano diz que o financiamento para a construção da linha de transmissão de energia de Tete, no Centro do pais, para Maputo, no Sul, está assegurado pelos vários parceiros.

Para a construção desta linha de transmissão, considerada espinha dorsal para a expansão da rede eléctrica no país, serão necessários 2.5 biliões de dólares norte-americanos.

A construção da linha de transmissão de energia é um projecto imediato, por forma a facilitar a implementação dos vários projectos de produção de energia em preparação e em curso no país.

Entretanto, ainda não há datas para o início das obras, sabendo-se apenas que o financiamento deverá estar disponível até ao fim do presente ano. “Esperamos fechar o financiamento ainda este ano. Já há garantias de financiamento dos parceiros e esperamos que tudo corra como esta programado, porque a espinha dorsal deve garantir a estrada por onde vai passar a energia que outros projectos em curso ou em preparação no país vão produzir”, disse o Ministro da Energia.

Segundo Salvador Namburete, os parceiros já disponibilizaram seis milhões de dólares que foram utilizados para financiar a elaboração de estudos relacionados com a estrutura comercial do projecto, viabilidade do mesmo, bem como aspectos ligados a bancabilidade do empreendimento.

“Os seis milhões de dólares foram desembolsados pelos parceiros e a Electricidade de Moçambique (EDM). Também procuramos envolver alguns privados que estão envolvidos nos projectos de energia no país”, acrescentou.

Namburete falava Terça-feira, em Maputo, numa conferência de imprensa convocada para falar sobre os projectos do sector de energia previstos para os próximos cinco anos, no âmbito da estratégia de energia e o seu respectivo plano aprovado naquele dia pelo Conselho de Ministros.

De acordo com o Ministro, a linha permitirá fazer a distribuição de energia para as várias partes do país, reduzindo, deste modo, a dependência em relação à África do Sul, como ocorre, por exemplo, na zona Sul. Para Namburete, esta linha de transmissão de energia é muito importante para os projectos de energia que o Governo esta a desenhar como a barragem hidroeléctrica de Mpanda M’kuwa, a jusante de Cahora Bassa, na província de Tete, com capacidade para gerar 1500 megawatts de energia.

A construção deste empreendimento está prevista para o próximo ano, num investimento de 1.65 bilião de dólares. Por outro lado, a central norte da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, que se espera venha a produzir mais mil megawatts, vai exigir que a espinha dorsal esteja estabelecida para facilitar a expansão da energia ali produzida.

Desta forma, estarão criadas todas as condições para que em 2014 mais de 20 por cento da população do país tenha acesso a este recurso, contra os actuais 13 por cento, conforme as perspectivas do Executivo moçambicano. “A espinha dorsal é fundamental para trazer energia ao país e para fornecer aos restantes países da região”, sublinhou.

Moçambique exporta energia de Cahora Bassa para África do Sul e Zimbabwe, entretanto o país é importador deste recurso para a região Sul.

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