O principal guia religioso muçulmano do Quénia, Aboud Rogo, foi morto, Segunda-feira (27), em Mombasa por desconhecidos armados que abriram fogo contra o seu carro.
Os assaltantes feriram igualmente a sua esposa doente que estava a ser evacuada para o hospital, o que causou na cidade cenas de pilhagem e roubos nas lojas, indicou a Polícia.
O guia muçulmano, que foi julgado e absolvido por diversas acusações de terrorismo ligadas ao atentado terrorista mortífero de 2002 em Mombasa, onde um avião de carreira israelita da companhia aérea Arkia, que descolava do aeroporto internacional Arap Moi, foi abatido por lança-foguetes, acusou recentemente a Polícia de ter tentado raptá-lo.
O primeiro-ministro Raila Odinga dirigiu as suas condolências à família do guia muçulmano e lançou um apelo para a calma.
O assassinato deu-se quando o Presidente queniano, Mwai Kibaki, e outros altos dirigentes do país participavam numa conferência sobre a paz nacional antes das eleições gerais.
Segundo a Polícia, a sua esposa ferida durante o ataque está ainda sob tratamento num hospital, mas a morte do guia religioso provocou imediatamente ondas de protestos em Mombasa, seguidas de pilhagens de bens.
O primeiro-ministro Odinga condenou o incidente, prometendo ao mesmo tempo abrir um inquérito.
