Dois policiais ficaram feridos esta terça-feira, em Bangcoc, na explosão de uma granada na sede do Partido Democrata do primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva, enquanto que os “camiseas vermelhas” do ex-primeiro-ministro Thasksin Shinawatra se manifestaram várias avenidas da capital tailandesa exigindo a renúncia do governo.
As ruas de Bangcoc também registraram enfrentamentos esporádicos entre a polícia e os “camisas vermelhas”, que desde sábado ocupam um bairro turístico da capital, onde instalaram dezenas de barracas. A ocupação do bairro paralisa a atividade dos hoteis de luxo e dos centros comerciais que já somam perdas milionárias. Desde 14 de março, os “camisas vermelhas” se manifestam para obter eleições antecipadas e a demissão do primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva.
No sábado passado, quase 60.000 manifestantes participaram em uma passeata pelas ruas de Bangcoc. “Não aceitamos que Abhisit conserve o poder por mais nove meses”, declarou Korkaew Pikulthong, um dos líderes da oposição. Os “vermelhos”, com o apoio dos camponeses do norte da Tailândia, reduto de Thaksin, realizam há 20 dias pequenas concentrações durante a semana e grandes protestos aos sábados e domingos.
Os manifestantes exigem o restabelecimento da ordem constitucional em vigor antes do golpe de Estado militar de 2006 contra Thaksin, que consideram o único político preocupado com os pobres. Mas o atual governo odeia o ex-premier, que é acusado de especulação e nepotismo, além de ser considerado uma ameaça para a monarquia. Thaksin Shinawatra vive exilado desde 2008 para evitar uma penas de prisão por fraude financeira. O ex-premier conversa com os seguidores todas as noites por videoconferência.