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Arroz produzido em Moçambique “não pode de forma alguma ser mais caro do que vem de fora”

Arroz produzido em Moçambique “não pode de forma alguma ser mais caro do que vem de fora”

Foto de Adérito CaldeiraO ministro da Indústria e Comércio revelou que o Governo obteve promessas de financiamento para mais um projecto de produção de arroz, desta vez em Mopeia. Ragendra de Sousa acredita que “trazer arroz da Tailândia com o custo do transporte, a nossa produção que deve ser eficiente não pode de forma alguma ser mais cara do que a produção que vem de fora”.

Moçambique consome anualmente aproximadamente 600 mil toneladas de arroz, vários projectos estatais, privados e mistos tem sido implementados para reduzir a importação deste cereal cujo défice ronda as 300 mil toneladas e custou ao erário 221 milhões de dólares em 2018, um aumento de 20 por cento comparativamente a 2017.

Na passada sexta-feira (15), fazendo o balanço da participação do nosso país no 2º Fórum de Investimento em África organizado pela pelo Banco Africano de Desenvolvimento na vizinha África do Sul, o ministro Ragendra revelou a jornalistas que recebeu promessas de investidores interessados em investir cerca de 45 milhões de dólares num projecto de produção de arroz em massa no Distrito de Mopeia, na Província da Zambézia.

Confrontado com realidade que mostra que o arroz, e outros produtos agrícolas produzidos em no nosso país, acabam por sair mais caros do que importa-los o titular da Indústria e Comércio declarou que: “Importar ou não depende de políticas comerciais, não se esqueça nunca que faz parte da estrutura de custo de qualquer produto o factor transporte trazer arroz da Tailândia com o custo do transporte, a nossa produção que deve ser eficiente não pode de forma alguma ser mais cara do que a produção que vem de fora”.

Ragendra de Sousa disse que é preciso olhar “a estrutura de custos, a margem de lucro, o retorno de capital, essas são todos variáveis que são perfeitamente maleáveis para ajustar a produção para que seja competitiva. Nós temos terra fértil, temos água disponível, as máquinas custam o mesmo em Moçambique ou no Zimbabwe, então o custo do capital fixo é igual”.

“Nós continuamos a promover o arroz porque temos certeza que sendo produtor eficiente a produção tem que ser mais barata, porque o tailandês ou o paquistanês usam os mesmo factores de produção: capital, trabalho e terra”, afirmou o ministro que deixou claro “a teoria de que produção em Moçambique é mais cara só quando estou distraído é que aceito”.

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