O antigo Presidente de Moçambique, Armando Emílio Guebuza, não foi condecorado com o prémio Mo Ibrahim de 2015. Não foi selecionado qualquer outro vencedor. “Quando lançámos o prémio há dez anos, estabelecemos deliberadamente uma fasquia muito elevada” disse o patrono da instituição que atribui este que é considerado o maior prémio individual do mundo.
Poderá parecer injusto o não reconhecimento do chamado “guia clarividente” que governou o nosso país entre 2004 e 2014, que se vangloria de ter cumprido a missão de luta contra a pobreza e afirmou mesmo que deixou um Moçambique melhor do que encontrou, afinal este prémio “reconhece e celebra dirigentes africanos que, em circunstâncias difíceis, tenham desenvolvido os seus países, combatido com êxito a pobreza e aberto caminho para a prosperidade equitativa e sustentável”.
“Pretendemos que o Prémio distinga capacidades de liderança excepcionais que gerem figuras modelares para toda a sociedade e apoiem os laureados para que continuem a servir o continente, partilhando a sua sabedoria e experiência” declarou Mo Ibrahim, o presidente da Fundação que ostenta o seu nome.
Segundo um comunicado da Fundação, os candidatos a este prémio de Excelência na Liderança Africana são antigos Chefes de Estado ou de Governo africanos que cessaram funções durante os três últimos anos civis, tendo sido democraticamente eleitos e cumprido o seu mandato constitucionalmente atribuído.
O ex-Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, foi o segundo laureado por deste prémio logo à seguir a Nelson Mandela, o primeiro líder do nosso continente a ser distinguido pela Fundação Mo Ibrahim em 2007.
Foram também distinguidos, desde o lançamento em 2006, o Presidente Festus Mogae do Botswana (2008), o Presidente Pedro Pires de Cabo Verde (2011) e Presidente Hifikepunye Pohamba da Namíbia (2014).