A Assembleia Municipal de Maputo aprovou, esta quinta-feira (25), com o voto maioritário da bancada da Frelimo, a proposta de aumento do preço de passagem nos transportes públicos urbanos, cuja entrada em vigor vai ser anunciada oportunamente, segundo o edil David Simango. A Renamo votou contra e a Juntos Pela Cidade (JPC) absteve-se.
A edilidade conseguiu o aval de alteração da actual tarifa de cinco para sete meticais e de sete meticais e cinquenta centavos para nove meticais, por viagem, depois de fortes críticas vindas das bancadas da Renamo, Juntos Pela Cidade (JPC) e da Frelimo.
Os encurtamentos de distâncias regulares, vulgos encurtamentos de rotas, as más condições das viaturas nas quais os munícipes viajam e vias de acesso e as extorsões promovidas pelos agentes camarários, constituíram a tónica dominante.
A Renamo votou contra a proposta e a JPC absteve-se sob pretexto de que as actuais condições no sector dos transportes não requerem necessariamente um incremento do preço. Há premência de se encontrar outras formas para inverter a persistente indisciplina dos “chapeiros” ante a ineficácia da Polícia Municipal e os encurtamentos de rotas.
Segundo a JPC, a questão dos transportes continua a ser tratada com medidas paliativas que beneficiam, em certa medida, os operadores em detrimento dos munícipes. Estes são sacrificados por causa da falta de vontade política por parte do Governo Central e do município. “Ninguém nega que a tarifa deve aumentar, mas não há medida acções para minimizar os sofrimentos dos cidadãos”.
De acordo com a Renamo, não é oportuno aumentar o preço de passagem porque o sistema de transportes na capital do país está um caos. A pressa com que trata este assunto pode gerar outros problemas.
Buscar outras formar de tratar o problema
Enquanto isso, o presidente da Assembleia Municipal, Alberto Sebastião, refere que manteve contacto com sindicato dos trabalhadores, o qual se pronuncio a respeito da situação do transporte. Recomenda que a Polícia Municipal reveja os seus procedimentos de trabalho.
A esta força paramilitar, a edilidade deve alocar meios e criar outras condições inerentes às acções de fiscalização rodoviária, protecção e circulação de pessoas e bens, criar paragens intermédias entre as rotas, repensar as formas de combate ao encurtamento de rotas e, sobretudo, buscar soluções enérgicas para resolver o problema do sector de transportes no seu todo. Refira-se que os actos decorreram na XX Sessão Ordinária da Assembleia Municipal, a última para o presente ano.
