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Apesar de ter cura, tuberculose ainda infecta e mata milhares de moçambicanos

Apesar de ter cura

Foto do MISAUA tuberculose – uma doença infecciosa e transmissível mas curável – ainda mata anualmente 22 mil pessoas em Moçambique, das 159 mil que são diagnosticadas. A situação faz com que o país continue na lista de países classificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como tendo alta carga de tuberculose.

“Actualmente, 4 em cada 10 casos de tuberculose, ainda não são diagnosticados e tratados no país”, disse a ministra da Saúde, Nazira Abdula, que falava sábado passado, no Hospital Geral da Machava, por ocasião da celebração do Dia Mundial da Tuberculose.

A tuberculose é a doença infecciosa, talvez mais mortal no mundo, principalmente em países em desenvolvimento.

Em 2017, em Moçambique foram diagnosticados e tratados 86.434 pacientes “com tuberculose de todas as formas”, contra 73.470 casos ocorridos em 2016, sendo 11.198 crianças (em 2016 foram 9.254) e 943 casos de Tuberculose Resistente a Medicamentos. Dos doentes em alusão, cerca de 90% foram tratados com sucesso e 95% receberam tratamento antirretroviral por causa da dupla infecção TB/HIV.

Segundo Nazira Abdula, o sector que dirige está a envidar esforços no sentido de cumprir a meta estabelecida pela OMS, a qual preconiza que o mundo deve estar livre da tuberculose até 2030. “Para tal, temos que eliminar a doença, primeiro no nosso país. Temos que ser campeões no diagnóstico, no tratamento, na cura e na prevenção”.

Os resultados até aqui alcançados, prosseguiu a governante, resultam de uma combinação de esforços no sentido de melhorar a capacidade de diagnóstico, a capacidade técnica dos recursos humanos e a melhoria da coordenação com os vários actores comunitários de modo a elevarem o índice de suspeita na comunidade e aumentarem a demanda para as unidades sanitárias.

Neste contexto, iniciou, no ano passado, a realização do primeiro Inquérito Nacional de Prevalência da Tuberculose Pulmonar, em Moçambique, com vista a indicar a dimensão da epidemia e permitir ajustar as estratégias em função do peso da doença e em cada área ou região, disse a ministra.

Este ano, o Dia Mundial da Tuberculose foi celebrado com o lema “por um mundo livre da tuberculose: seja um campeão!”.

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