Apenas 30% de moçambicanos têm acesso a novas tecnologias de informação e comunicação, índice visto pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Venâncio Massingue, como estando aquém do desejável. “Temos que acelerar as nossas acções”, realçou Massingue, mostrando-se ao mesmo tempo esperançado que dentro dos próximos 10 anos o cenário venha a ser bem diferente do actual, caracterizado pela baixa taxa de acesso a novas tecnologias de informação e comunicação.
No mesmo diapasão pronunciou-se Sean Moroney, presidente da AITEC, instituição internacional do ramo de tecnologias de informação e comunicação, referindo que Moçambique deve “revolucionar” as suas políticas de acesso às mesmas para servirem de um instrumento de suporte contra a pobreza.
Moroney, que falava esta quarta-feira em Maputo, durante o congresso internacional de dois dias sobre tecnologias de informação e comunicação, disse que para Moçambique revolucionar este ramo deve desenvolver infra-estruturas com maior participação do sector privado.
Sobre a fraca cobertura de Moçambique pelas novas tecnologias de informação e comunicação, Massingue justificou dizendo que a situação se devia à limitada disponibilidade financeira e a vias de acesso às zonas mais recônditas do país inexistentes.
Refira-se que o congresso do AITEC constitui um dos maiores eventos para o sector empresarial na área de tecnologias de informação e comunicação com cerca de 500 participantes, entre gestores, profissionais, funcionários seniores das instituições públicas e privadas e homens de negócios da área e tem em vista permitir uma troca de experiência entre os presentes.