Apenas 10% das 31 empresas do ramo industrial activas na Zona Franca Industrial de Beluluane, província meridional do Maputo, é que é de capitais detidos maioritariamente moçambicanos. O cenário decorre do fraco poder económico na maioria dos moçambicanos, segundo a Associação Industrial de Moçambique (AIMO), realçando, entretanto, estar a registar-se no seio daquele grupo de empresários um fraco aproveitamento dos benefícios fiscais proporcionados pelas zonas francas, para além de limitações do ambiente de negócios e de políticas que “não respondam aos desafios de uma economia dominada pela pequena e média indústria”, segundo ainda a AIMO.
De acordo com a mesma agremiação, as políticas do Governo em relação ao sector industrial registaram progressos assinaláveis nos últimos anos, “mas encontram-se ainda longe de estimularem mudanças a favor de uma indústria credibilizada”, aponta igualmente a AIMO, acrescentando que aqueles factores contribuem para o atraso de Moçambique em relação aos restantes países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Como recomendação, a AIMO apela para um maior apoio ao estímulo visando a entrada de mais operadores públicos e privados nos novos investimentos, mais acções de formação de quadros para aumentar a oferta doméstica de pessoal especializado e introdução em sectores prioritários de instrumentos fiscais, financeiros e de ordem administrativa que aumentem a adesão das empresas aos mercados de certificação regionais e internacionais.
