Os parlamentares da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), reunidos em Lisboa na II sessão da Assembleia Parlamentar (APCPLP), observaram segunda-feira um minuto de silencia em memória da poetisa santomense, Alda Espírito Santo, falecida em Luanda, Angola.
Alda Espírito Santo faleceu esta Segunda-feira, aos 83 anos, numa Clínica da capital angolana, Luanda, onde se encontrava internada há cerca de uma semana. Alda Espirito Santo, também conhecida por Alda Graça, nasceu em São Tomé em 1926 e teve a sua educação em Portugal. Viveu quase 50 anos de regime colonial e da ditadura portuguesa e foi perseguida pela PIDE (Policia Politica do regime Salazarista).
Ainda frequentou a Universidade, mas teve que abandonar, em parte devido às suas actividades políticas, mas também por motivos económicos. Sendo uma das mais conhecidas poetisas africanas de língua portuguesa, ocupou alguns cargos de relevo nos governos de São Tome e Príncipe, nomeadamente foi Ministra da Educação e Cultura, Ministra da Informação e Cultura e Deputada.
Os seus poemas aparecem nas mais variadas antologias lusófonas, bem como em jornais e revistas de São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique. Depois de publicar “O Jogral das Ilhas, em 1976, publicou em 1978 “É nosso o solo sagrada da terra”, o qual é até ao momento o seu trabalho mais importante.