Elefantes e hipopótamos estão a criar pânico no distrito de Lalaua, província de Nampula, num reacender do conflito entre o homem e a fauna bravia em que os animais evidenciam estar a levar a melhor porque não só devastam áreas significativas de culturas alimentares, como, ainda recentemente, mataram uma pessoa na localidade de Muhavo, posto administrativo de Meti.
De acordo com António Iovahale, secretário permanente distrital de Lalaua, a vítima mortal teria sido atacada por um elefante em fúria depois de ter sido escorraçado de um campo agrícola, onde destruiu grandes quantidades de produtos alimentares em processo de secagem.
Enquanto isso, hipopótamos que surgiram, recentemente, no rio Lúrio, que atravessa a localidade do mesmo nome, localizada na fronteira entre o distrito de Lalaua e os distritos de Namuno e Nipepe, nas vizinhas províncias de Cabo Delgado e Niassa, respectivamente, estão, atmbém, a criar pânico no seio da população.
A presença dos elefantes no rio Lúrio em número desconhecido, priva a população de água para satisfazer as suas necessidades básicas por temer ser atacada de surpresa, como tem sido característica daqueles paquidermes.
Segundo António Iovahale, não têm produzido qualquer sucesso os esforços empreendidos no sentido de abater ou, no mínimo, afugentar os elefantes e hipopótamos nas regiões onde estão a criar pânico no seio da população. E atribui o insucesso ao alegado fraco domínio das armas por parte dos agentes da Polícia da República de Moçambique e dos técnicos da fauna bravia destacados para o efeito.
A nossa fonte frisou que outro aspecto que propicia um ambiente de conflito entre o homem e a fauna bravia prende-se com a prática da agricultura pelos produtores de Lalaua nas áreas consideradas rotas dos elefantes. Entretanto, para inverter a actual situação, estã agora em curso acções de sensibilização aos agricultores.