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Anadarko e ENI negoceiam exploração de gás natural no Rovuma

A multinacional americana, Anadarko Petroleum, anunciou, Quarta-feira (12), que decorrem negociações com a sua congénere italiana, ENI SpA, para a construção de uma unidade de Gás Natural Liquefeito, na região norte de Moçambique.

Desde os finais de 2011, ambas as multinacionais têm vindo anunciar, com uma certa regularidade, a descoberta de enormes reservas de gás natural ao largo da costa moçambicana. O mesmo também ocorre na vizinha Tanzânia e, mais recentemente, no Quénia.

Estas descobertas poderão transformar a região da África Oriental numa das maiores potências energéticas do mundo inteiro, a par com o Qatar e Austrália.

“Nós estamos em negociações com a ENI para juntarmos os nossos esforços no desenvolvimento “offshore” e na construção de uma unidade para a liquefacção de gás natural onshore”, disse Scott Moore, vice-Presidente de Marketing, citado pela agência noticiosa “Dow Jones Newswires”.

As descobertas de gás natural estão a despertar o interesse das grandes companhias que pretendem investir na região, incluindo a Royal Dutch Shell PLC que, recentemente, perdeu um concurso a favor da companhia tailandesa PTT Exploration and Production PCL para a aquisição da companhia britânica, Cove Energy PLC, que tem participações na pesquisa de gás natural em Moçambique.

Um consórcio liderado pela Anadarko tenciona transportar o gás natural para a terra, onde será liquefeito, para depois ser exportado para a Ásia e outros mercados.

O custo total do projecto, incluindo o terminal portuário de gás natural, está estimado em cerca de 15 biliões de dólares, disse Moore, que falava a margem de uma conferência em Singapura. A decisão final sobre o investimento deverá ser anunciada a até finais do próximo ano.

A primeira exportação de GNL está agendada para 2018. Até agora, o total das reservas de gás natural descobertas na província de Cabo Delgado, incluindo as da ENI, está estimado em cerca de 100 triliões de pés cúbicos.

Actualmente, a ENI é um dos maiores operadores em Africa, com uma produção calculada em um milhão de barris de petróleo equivalentes por dia.

A Anadarko, que é a operadora da Offshore Área 1 com 36,5 por cento das acções, também disse que existem muitas companhias interessadas em adquirir participações no projecto.

Os parceiros da Anadarko em Moçambique incluem Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) de Moçambique, Mitsui Corp. (Japão), Bharat Petroleum Corp e Videocon Industries (ambas da Índia), PTT (Tailândia).

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