Alunos da oitava a décima segunda classes de diferentes turmas da Escola Secundária 12 de Outubro, localizada no bairro de Muhala-Expansão ao nível da cidade de Nampula, queixam-se de burla por parte dos professores de diferentes disciplinas com destaque para as disciplinas de Matemática, biologia, Geografia, História e Educação Física.
Segundo soube a nossa reportagem, os alunos daquela escola têm vindo a sofrer burlas e cobranças ilícitas por parte dos professores daquela escola secundária e a situação já está a criar mau estar entre os alunos, o que fez com que aqueles fizessem uma carta de denúncia abordando aquela situação.
Devido aquela questão, os alunos já remeteram por duas ou três vezes cartas de denúncia à direcção da escola como forma de serem aconselhados os referidos professores para deixarem de promover práticas de cobranças ilícitas e burla contra os seus alunos mas a direcção da mesma não se pronunciou, nem realizou a sua actividade, muito menos procurar reunir-se com os alunos para perceber o problema.
Soubemos que devido a inércia da direcção da Escola Secundária 12 de Outubro, os alunos remeteram novamente uma carta, semana passada, contendo nomes dos supostos professores burlões e que fazem cobranças ilícitas, mas mesmo assim a direcção da instituição ainda não se pronunciou sobre a situação.
“Os professores, todos os dias nos pedem 10 a 100 meticais e vezes há em que quando não temos somos ameaçados”, disse um aluno que não quis revelar o seu nome por medo de represálias.
Aquele aluno afirmou que vezes há em que os professores reúnem dez a quinze alunos e obrigam a contribuírem um certo valor para depois ser encaminhado à casa dele, por um aluno por ele conhecido ou da sua confiança.
O outro aluno da 11ª classe referiu que os professores que muito têm se dedicado à cobranças ilícitas e burla contra os seus alunos são os de matemática, português, geografia, Química, história para não deixar de Educação física que são os principais naquela prática.
“Nós queremos que eles deixem de nos pedir ou mesmo ameaçar, pois eles leccionam e em cada mês tem os seus salários em dia” aconselhou para depois acrescentar que esta situação obriga os alunos a pretendem promover uma marcha em repúdio aquelas práticas nefastas. Uma aluna da 10ª classe disse que vezes há em que os professores trocam dinheiro por provas por eles elaboradas.
“Uma vez um professor vendeu uma prova dele a um aluno por 500.00 meticais e por sua vez ele foi vendendo aos outros assim sucessivamente, são práticas que deviam acabar mas a direcção não quer se pronunciar” acusou.
Num outro ponto, aqueles alunos afirmam que nos últimos dias a situação virou moda e muitos dos alunos são proibidos de ir a escola sem sequer uma dinheiro no bolso com perigo de este vir a ser avisado de que reprovou numa certa cadeira.
Contudo, esta situação não só se regista na escola Secundária 12 de Outubro mas um pouco por todas escolas com destaque para a Escola Secundária de Napipine.
Entretanto, a nossa reportagem procurou por dois dias a direcção da Escola Secundária 12 de Outubro mas sempre nos informaram que o director não esteve presente ou mesmo que não tinha tempo para nos atender por estar muito ocupado.