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Alunos fabricam suas próprias carteiras em Marínguè

Uma experiência inédita e que vale a pena dessiminá-la está a acontecer em Sofala, mais concretamente no distrito de Marínguè. Com recurso a desperdícios de madeira produzida localmente, os alunos da Escola Primária Completo de Sobué, distrito de Marínguè, em Sofala, têm se envolvido no fabrico de suas próprias carteiras escolares.

De acordo com o director da EPC de Sobué, Zacarias Amuti, a iniciativa que encontra-se na sua fase piloto visa para além de superar a crise decorrente da falta de carteiras naquele estabelecimento do ensino público, desenvolver, por parte dos alunos, habilidades próprias que serão úteis no futuro, principalmente para aqueles que enveredarem pela via do empreendedorismo.

O que quer dizer que com os conhecimentos adquiridos na produção deste tipo de mobiliário, os alunos no futuro poderão usar este tipo de habilidade para a geração de renda.

Segundo explica Zacarias Amuti, a ideia surge muito mais na expectativa de despertar as comunidades rurais a solucionar o problema da falta de carteiras escolares usando recursos florestal locais de baixo custo, como por exemplo a da madeira desperdiçada pelos produtores industriais.

O projecto de construção de carteiras escolares com recurso a madeira desperdiçada em Marínguè, foi bastante elogiado pelo governador de Sofala, Carvalho Muária, que recentemente visitou a EPC de Sobué.

Muária, impressionado com a iniciativa da direcção da referida escola que traçou o projecto, diga-se pioneira na história do país, disse não ter visto em nenhuma escola da província alguem a tomar dianteira neste tipo de iniciativa.

O governador apelou a referida direcção, precisamente na pessoa do director da escola, Zacarias Amuti, para continuar avante com este tipo de iniciativa que ajuda o governo a superar o problema da falta de carteiras em muitas escolas do país.

À semelhança de muitos outros pontos do país, o distrito de Marínguè é potencial produtor de madeira. A direcção da escola de Sobué decidiu levar a cabo este projecto como forma de tirar melhor proveito do potencial.

Várias correntes da sociedade tem se indignado pelo facto de muitas escolas do país funcionarem sem carteiras, porquanto o país dispõe de muita madeira que, infelizmente, uma boa quantidade tem sido explorada para alimentar mercados externos.

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