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Alunos de Pambarra constroem “pequeno pulmão”

A Escola Primária Completa (EPC) de Pambarra, localizada no distrito de Vilankulo, província sulista de Inhambane, é um modelo que, replicado Noutros estabelecimentos de ensino de Moçambique poderia transformar estas instituições em pequenas unidades de pulmões artificiais.

A EPC de Pambara possui um vasto jardim relvado, fruteiras e outras variedades de árvores que, além de frutos, irão (futuramente) proporcionar aos alunos e para a comunidade sombras frescas e um ambiente saudável. Estas árvores, ainda em idade jovem, foram plantadas no âmbito do projecto “Escola Gira, Escola Verde”, que envolve diversas instituições, incluindo o Gabinete da Primeira-Dama da República e a operadora pública de telefonia móvel Mcel. Ainda no âmbito desse projecto, a EPC de Pambarra beneficiou de quatro novas salas de aulas e uma sala de informática equipada com 15 computadores e uma impressora, que foram inauguradas, hoje, pela Primeira-Dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza.

Falando durante a cerimónia, o director da EPC de Pambarra, Samuel Vilanculo, disse que a escola conta com 3.780 árvores, plantadas pelos cerca de 1.566 alunos daquele estabelecimento de ensino, que correspondem a um rácio de 2,4 plantas por aluno. O menino Palívio, por exemplo, que frequenta a quinta classe naquele estabelecimento de ensino, disse a AIM que plantou duas árvores, e a sua colega Glória, que frequenta a sétima classe, cinco árvores. Ambos afirmam estar orgulhosos por terem plantado fruteiras na sua escola, e, felizmente, todas ainda estão vivas.

Vilanculo disse que a escola tem um projecto de educação ambiental, cuja implementação conta com o apoio de técnicos do Ministério do Ambiente. A iniciativa beneficia também as comunidades próximas da escola, através de palestras de sensibilização sobre as boas práticas ambientais. Este é, sem margem para dúvidas, um projecto raro em Moçambique. Mesmo a iniciativa do Presidente moçambicano, Armando Guebuza, e que consiste no plantio de uma árvore por cada aluno em todas as escolas do país parece não ter surtido os efeitos desejados. Ainda existem escolas sem árvores, mas com vastos campos limpos. Assim, vale perguntar será que plantar árvores custa muito dinheiro que só podemos obter nos parceiros? “Talvez não… custa algum dinheiro, talvez para a compra de vasos…

E como nós temos os nossos viveiros, não precisamos de comprar árvores”, explicou a fonte, deixando entender que qualquer escola pode desenvolver um projecto do género sem precisar de um parceiro. O país conta actualmente com cerca de 12 mil escolas, das quais um pouco mais de 11 mil são do ensino primário. Se cada uma dessas instituições tivesse metade do número de árvores da EPC de Pambarra já seria um bom caminho andado rumo a construção de pequenas unidades de “Pulmões artificiais”.

Na sua intervenção durante a cerimónia de inauguração das salas de aulas e de informática, a Primeira-Dama da República, Maria da Luz Guebuza, considerou a EPC de Pambarra como uma escola modelo que poderia ser guião para as outras do país. “Quando vim cá pela primeira vez fiquei muito chocada com o que encontrei”, disse Maria Guebuza, acrescentando que “mas agora a escola é um modelo” Ela apelou as crianças para cuidarem devidamente da sua escola e a manter as condições existentes actualmente. “Os pais e os professores devem ensinar as crianças a cuidarem da escola. Não partirem as carteiras e nem sujar as paredes”, apelou ela. Falando particularmente das vantagens das salas recentemente construídas, a esposa do Presidente da República disse que essas irão contribuir para o aumento da população estudantil, bem como para a melhoria da qualidade do ensino.

“Sem educação não vamos combater a pobreza. É preciso estudarem para termos mais professores, enfermeiros e mais jornalistas porque ainda temos défice desses profissionais”, disse ela. Igualmente, ela disse que os computadores montadas na sala de informática irão contribuir para o melhoramento da formação dos alunos, passando estes a se comunicar com o mundo fora.

De facto, a montagem destes computadores constitui um alívio para os alunos que desde Março do ano passado tinham os aparelhos mas estavam impedidos de usá-los por falta de uma sala e electricidade para o seu funcionamento. Contudo, agora já possuem uma sala de informática, mas falta energia para pôr as máquinas a funcionar. A empresa Mcel investiu mais de 10 milhões de meticais (cerca de 300.000 dólares ao câmbio actual) para financiar o projecto “Escola Gira, Escola Verde”, dos quais mais de 60 por cento destinam-se a instalação de um sistema de produção de energia através de painéis solares para alimentar a sala de informática. A instalação desde sistema já iniciou, cujo término esta previsto para breve.

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