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Alunos da 5a classe já não realizam exames em Moçambique

A partir deste ano lectivo, os alunos da 5a classe não serão submetidos a exames, como acontecia até 2014, no ensino moçambicano, devendo passar a realizar uma prova final de nível provincial. Nos exames extraordinários, os candidatos só têm direito a um período – no meio do ano – e não a dois, como vinha acontecendo.

No ensino primário passam a vigorar avaliações finais na 2a e 5a classes. Nesta última, o exame foi abolido por se ter constatado que o conhecimento e as competências que se pretende que os instruendos tenham não depende exclusivamente da prova ora extinta. Assim, só há exame na 7a classe.

No ensino secundário, na 10a classe, os alunos realizavam quase uma dezena de exames e um conjunto de disciplinas obrigatórias na 12a classe. Porém, a partir deste ano, os educandos deverão realizar cinco exames, dos quais três indispensáveis (Português, Inglês e Matemática) e dois a serem indicados anualmente para fazer aparte dos anteriormente determinados.

As inovações introduzidas pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, explicou Eurico Banze, porta-voz desta instituição do Estado, visam harmonizar os regulamentos dos ensinos primário, secundário e educação de adultos, que eram regidos por normas separadas. O dispositivo que fixa as novas normas no Sistema Nacional de Ensino aplica-se também no ensino privado.

As mudanças aconteceu numa altura em que Jorge Ferrão, ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, considera que, apesar de o conhecimento e o número de escolas se teren multiplicado, os jovens não sabem ler, escrever, pensar e, acima de tudo, amar o próximo.

Há dias, Jorge Ferrão juntou os antigos ministros do sector que dirige para reflectirem sobre este e outros problemas, cujas soluções concretas para ultrapassá-los não foram apresentados.

“Os nossos alunos parecem perder o prazer de aprender. Ou nós é que já não sabemos ensinar, ou motivar para as aprendizagens, ou ainda não estamos a ensinar o que deveríamos e, sobretudo, não estamos a educar. Os professores, pais e encarregados de educação não podem pensar que basta que a criança frequente a escola e que esta por si só fará todo o trabalho. Aprender e ensinar é um trabalho e uma responsabilidade de todos – desta grande comunidade que se chama Escola”, disse Ferrão.

De acordo com Eurico Banze, a quantidade de exames que as crianças de 14 e 15 anos de idade realizavam na 10a classe não era imprescindível para que um estudante deste nível tenha as competências pretendidas no fim do ciclo.

Em vez de sete valores, a nota mínima para um estudante ser admitido a exame ou transitar de classe passa a ser oito. Todavia, esta nota deve ser combinada com as outras disciplinas, incluindo as básicas, em que é forçoso que o aluno obtenha uma nota igual ou superior a 10 valores, segundo Eurico Banze.

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