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Al Qaeda distancia-se do grupo extremista sírio

O comando geral da Al Qaeda disse, esta segunda-feira (3), que não tem ligações com o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, numa aparente tentativa de reafirmar a sua autoridade sobre os divididos grupos de combatentes islâmicos na guerra civil da Síria.

A acção da Al Qaeda para se distanciar do cada vez mais independente Estado Islâmico fortalece a rival Frente Nusra como a representante oficial da rede na Síria. A medida é vista como uma tentativa de concentrar os esforços contra o presidente da Síria, Bashar al-Assad, em vez de desperdiçar recursos em confrontos contra outros rebeldes, num momento em que as forças do governo estão cada vez mais activas no campo de batalha.

A decisão pode também fortalecer a Nusra na sua disputa contra o Estado Islâmico. O Estado Islâmico do Iraque e do Levante tem entrado em confrontos com outros insurgentes islâmicos e com grupos rebeldes laicos, geralmente por causa de disputas de autoridade e território. A violência entre rebeldes na Síria já matou pelo menos 2.300 pessoas este ano, de acordo com o Observatório Sírio para Direitos Humanos, um grupo que monitora o conflito.

O Estado Islâmico segue a ideologia da Al Qaeda e até agora os dois eram vistos como oficialmente ligados. Numa mensagem divulgada por sites extremistas esta segunda-feira, o Comando Geral da Al Qaeda afirmou que o Estado Islâmico “não é um braço do grupo Al Qaeda”. “(A Al Qaeda) não tem uma relação organizacional com ele e não é o grupo responsável pelas suas acções.”

Um comandante da Nusra no norte da Síria disse à Reuters que o comunicado significava que a posição do grupo não era mais de neutralidade. “Agora nós vamos para a guerra contra o Estado Islâmico e vamos acabar com ele”, disse, sob condição de anonimato.

O Estado Islâmico do Iraque e do Levante, no entanto, tem se mostrado forte. No domingo, os seus combatentes libertaram mais de 400 pessoas de uma prisão no norte da Síria, que eram prisioneiras de um grupo islâmico rival, segundo o Observatório Sírio.

No leste, o Estado Islâmico teria tomado um campo de produção de gás da Frente Nusra e de outros rebeldes islâmicos. No Iraque, o Exército e integrantes de tribos mataram 57 combatentes do Estado Islâmico na província de Anbar, esta segunda-feira, de acordo com o Ministério da Defesa, numa acção que pode indicar um possível ataque à cidade sunita de Falluja, sob controle de extremistas há um mês.

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