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Ainda há muito por se fazer no Centro de Documentação Samora Machel

A primeira impressão com que se fica quando se houve falar do Centro de Documentação Samora Machel é de um local onde se pode encontrar todo o material que fale ou que retrate a vida daquele que foi o primeiro Presidente de Moçambique independente.

Mas essa expectativa é defraudada mal a pessoa entra naquele local, situado na rua do Bagamoyo, na zona baixa da cidade de Maputo. Na verdade, o que lá existe não passa de uma exposição fotográfica que só se difere de outras (normais) por ser permanente.

Esperava-se que o centro fosse uma espécie de mediateca, o que pressupõe a existência de todo o tipo de material (audiovisual, bibliográfico, testemunhos, etc.), mas o que se pode ver são apenas fotografias, (poucos) discursos e alguns objectos, tudo colocado numa única sala, que parece maior para o seu conteúdo.

As pessoas que quiserem consultar livros ou assistir aos vídeos de Samora Machel devem, segundo os funcionários daquela instituição, dirigir-se ao Arquivo Histórico de Moçambique. “O material ainda não foi organizado, deve ir ao Arquivo Histórico, lá vão encontrar tudo sobre Samora Machel”.

Ora, se a ideia era aglutinar e conservar tudo o que está ligado à vida daquela figura, o que falta para que tal objectivo se concretize? Urge recolher e organizar todo o acervo existente de Samora Machel e encaminhá- lo àquele sítio, de forma que o mesmo faça jus ao nome que lhe foi atribuído.

Outra questão preocupante é a falta de divulgação do local. Segundo nos foi confidenciado, dias há em que o centro não recebe uma pessoa sequer. Se, por um lado, a culpa pode ser atribuída à falta de interesse por parte dos cidadãos (dos jovens, em particular), por outro, é necessário promover campanhas de modo a atrair mais visitantes. Não se pode ficar à espera de datas como 29 de Setembro (data de nascimento), 19 de Outubro (dia em que ele morreu) para levar as pessoas à instituição.

Refira-se que o Centro de Documentação Samora Machel surgiu em 2004 por iniciativa da família Machel com o apoio de amigos e companheiros do primeiro estadista moçambicano. O mesmo tem como objectivo apresentar ao público juvenil (e não só) a vida e obra de Samora Machel.

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