A empresa Águas da Região Norte (ARNorte), sociedade participada pelo FIPAG (Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água), distancia-se das informações veiculadas pelo jornal “Profundus”, editado no distrito de Nhamatanda, província de Sofala, que associam a recente eclosão da cólera na cidade de Nampula à qualidade de água consumida naquela urbe, a terceira maior do País.
Tais informações são baseadas em supostas amostras levadas para análise no Laboratório de Águas e Alimentos de Nampula, cujos resultados “concluíram que 50% da água é imprópria para o consumo”. As amostras foram, alegadamente, colhidas nalguns furos da cidade de Nampula.
Entretanto, na qualidade de gestora do sistema de distribuição e abastecimento de água, a empresa Águas da Região Norte não foi informada sobre a realização destes testes, e desconhece o número e a localização dos furos abrangidos. É importante realçar que a água abastecida à cidade de Nampula, e não só, está dentro dos parâmetros de qualidade previstos nos respectivos regulamentos, e todos os sistemas de tratamento e controlo da qualidade da água obedecem a todos os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
A aferição e o controlo de qualidade de água são feitos todos os dias, de hora em hora, em todo o sistema, concretamente na ETA (Estação de Tratamento de Água), nas estações de bombagem (Centros Distribuidores), assim como nos extremos da rede, como forma de assegurar que a água chegue a todos consumidores, dentro dos padrões de potabilidade recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A cidade de Nampula tem como principais consumidores de água o Hospital Central de Nampula, as cadeias, entre outras instituições, que estariam a registar casos de cólera se estas informações fossem verdadeiras. Aliás, toda a cidade estaria numa situação alarmante.
Neste sentido, a empresa Águas da Região Norte recomenda à coordenação na colecta de amostras e realização de análises, bem como à partilha de dados, à semelhança dos resultados, tendo como fim a salvaguarda de um bem maior: a saúde pública.
