Apenas 43 por cento da população do distrito de Moma, província de Nampula, Norte de Moçambique, tem acesso a água potável, sendo que vasta maioria da população tem de percorrer longas distâncias a procura deste precioso líquido.
Segundo escreve o jornal “O País” da quarta-feira, apenas 142 mil dos 329 mil habitantes de Moma consomem água potável, o que significa que mais de metade da população consome água imprópria para o homem.
A situação é tida como mais crítica na vila sede do distrito de Moma, onde a crise de água agravou na sequência da avaria do pequeno sistema de abastecimento de água existente no local.
Além dos habitantes individualmente, esta crise afecta também alguns serviços públicos. Por exemplo, devido a falta de água nos hospitais, sobretudo na maternidade, as pessoas são obrigadas a levar água para assegurar a higiene individual dos seus parentes que se encontram internados.
O secretário permanente do distrito de Moma, Anselmo Luís, reconheceu a gravidade do problema, mas adiantou que a situação só poderá melhorar depois da conclusão das obras de reabilitação do pequeno sistema de abastecimento de água ora avariado.
A primeira fase de reabilitação desta infra-estrutura fracassou devido a baixa qualidade do material usado pela empresa de construção conhecida pelo nome de “Armindo Gonçalves”.
“Logo na fase da entrega provisória do projecto foram descobertas várias fugas ao longo da conduta, não permitindo, deste modo, o abastecimento do depósito principal, daí que recusámos receber e exigimos ao empreiteiro para que corrigisse os erros”, sublinhou o secretário permanente.
Segundo ele, neste momento, decorrem contactos com vários investidores e organismos com vista a financiar a construção de furos manuais, como forma de minimizar o sofrimento das populações. Actualmente, o distrito de Moma conta com 244 fontes de água.