Dois elementos da Polícia da República de Moçambique (PRM) estão presos desde a última sexta-feira (27) indiciados de má fiscalização de uma viatura na qual se faziam transportar cidadãos moçambicanos, em número não especificado, na cidade de Maputo. A corporação não disse concretamente em que lugar isso aconteceu, todavia, sabe-se que há agentes da PRM que cometem desmandos em várias artérias da urbe, sobretudo nas avenidas Juluis Nyerere e Mao Tse Tung, com o intuito de extorquir as suas vítimas.
Segundo o porta-voz da PRM ao nível da cidade de Maputo, Arnaldo Chefo, os agentes que supostamente enveredaram pela má conduta, estão a ser investigados com vista a apurar o que realmente teria acontecido naquele dia e as respectivas causas.
Neste momento, o que a Polícia sabe, segundo Arnaldo Chefo, é que os dois membros da corporação interpelaram as suas vítimas enquanto não estavam uniformizados e eram portadores de armas de fogo. Este facto, para além de ser condenável, uma vez que os visados não estavam devidamente identificados, transparece uma tentativa de roubo. Aliás, eles nem estavam escalados para trabalhar no local onde cometeram a infracção.
“A avaliar pelo procedimento, a acção era levar o carro. Primeiro, porque eles não estão afectos àquele local e, em segundo lugar, porque não era o seu dia de trabalho. Procuramos desencorajar este tipo de actos”, disse Chefo.