Três militares pertencentes às fileiras das Forças Armadas da Defesa de Moçambique (FADM) estão, desde a madrugada desta segunda-feira (12), em Maputo, a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM) indiciados de venda ilegal de armas de fogo do tipo AKM.
O porta-voz da PRM, Orlando Modumane, disse que a quadrilha foi desmantelada no bairro do Alto-Maé depois de uma denúncia anónima e foi surpreendida em flagrante delito numa das suas incursões de tentativa de venda do aludido material bélico.
O objecto da transação eram duas armas do tipo AKM, das quais uma já havia sido comprada a um preço de 23.000 meticais por um cidadão chamado F. João, de 28 anos de idade. Porém, a Polícia recuperou-a, confiscou o dinheiro e deteve o comprador. A segunda arma e a pessoa para quem foi vendida ainda estão por localizar.
Os implicados no caso são M. Cunamende, A. Francisco e I. Maveta, de 47, 29 e 28 anos de idades, respectivamente. Há tempo que se dedicavam a este negócio ilícito, segundo Modumane, para quem as armas eram retiradas de várias unidades paramilitares sediadas na cidade de Maputo.
No rol das detenções recolheram às celas 68 indivíduos na semana de 05 a 11 do corrente mês, indiciados de prática de vários actos criminais, dos quais 50 incidiram contra propriedades,10 contra ordem, segurança e tranquilidade públicas e oito contra pessoas.
Entretanto, é caso para suspeitar que alguns crimes à mão aramada que correm em vários pontos do país, em particular em Maputo e Matola, podem ser consequência deste tipo agentes que ao invés de zelar pela ordem, segurança e tranquilidade públicas enveredam pelo mundo do crime.
Enquanto isso, a PRM indica que foram interditos de entrar no território nacional 15 estrangeiros, dos quais 10 por falta de clareza da sua vinda ao país. Os restantes cinco estão detidos na 18ª esquadra, em Maputo, para o seu repatriamento porque ostentavam vistos falsos. Do grupo fazem parte chineses, paquistaneses, etíopes, somalis, dentre outros.