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Agentes da PRM baleados mortalmente em Maputo

Dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) foram baleados mortalmente ao fim da tarde desta segunda-feira, nas proximidades do mercado “Mandela”, na avenida Guerra Popular, na cidade de Maputo, por um grupo de quatro indivíduos armados. Na circunstância, uma aluna terá sido atingida por uma bala, quando procurava um abrigo durante o alvoroço que se gerou devido ao forte tiroteio entre os polícias e os malfeitores.

A troca de tiros aconteceu cerca das 17 horas, quando indivíduos armados tentavam apoderar-se de uma viatura, de marca Hyunday “Getz”, com matrícula MLK-94-18, na altura conduzida por um funcionário da Albasra Motors, um stand de venda de automóveis. O funcionário, cuja identidade não apuramos, efectuava manobra de estacionamento no passeio central da avenida Guerra Popular, defronte do referido estabelecimento comercial, quando foi surpreendido por dois dos criminosos, munidos de armas do tipo AKM. Estes aproximaram-se do veículo fazendo o automobilista refém, ao mesmo tempo que, de cabeça prostrada, exigiam-no silêncio e obediência.

Nessa altura dois agentes da PRM, em patrulha na zona, apercebendo-se do estranho movimento rapidamente aproximaram-se do local na tentativa de abortar o assalto. Os mesmos agentes, vindo pela rua dos Voluntários, que faz esquina com a “Guerra Popular”, tentaram abrir fogo, na tentativa de neutralizar os malfeitores.

Entretanto, os comparsas dos bandidos que se encontravam escondidos no interior da viatura na qual o grupo se fazia transportar abriram fogo na tentativa de fazer cobertura aos seus companheiros, deixando encurralados os agentes da Polícia. Os dois agentes viriam depois a ser atingidos mortalmente pela chuva de balas que vinha de ambos os sentidos.

Para além dos polícias, uma jovem aluna que buscava refúgio algures também foi atingida por uma das balas disparadas pelos criminosos. Enquanto decorria a troca de tiros, o grupo que furtava a viatura tratou de abandonar o local a alta velocidade, levando consigo o refém como escudo. Minutos depois, os restantes elementos do grupo também se retiraram do local numa outra viatura, deixando para trás rastos de sangue, luto e invólucros de balas, com vidros de viaturas e lojas estilhaçados.

Sem compreender o que se estava a passar à sua volta, os transeuntes, que à hora de ponta procuravam o transporte público, corriam em debandada sem saber onde se abrigar das balas que vinham de todos os lados, o que condicionou o trânsito na zona. Minutos mais tarde, uma brigada da PRM dirigiu-se ao local, para remover os corpos dos agentes já sem vida e da jovem estudante.

Soube-se no local da ocorrência, que o refém acabaria sendo abandonado na Costa do Sol pelos meliantes, e no interior da sua viatura, depois de lhe sacarem a carteira de documentos e o respectivo telemóvel.

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