Um agente da Unidade de Intervenção Rápida da Polícia da República de Moçambique (PRM) foi morto na manhã desta quarta-feira (23) na região de Ciro, no limite entre os distritos de Nhamatanda e Gorongosa, na Província de Sofala. O crime aconteceu na sequência de ataque protagonizado por indivíduos armados “que se presume pertençam a Junta Militar da Renamo, liderada pelo cidadão Nhongo”.
O porta-voz da PRM na Província de Sofala, Daniel Macuácua, precisou que o ataque ocorreu cerca das 6h30 e foi direcionado a uma viatura da corporação que transportava quatro agentes. “Da troca de tiros ocorrida no local culminou, infelizmente, com um óbito e ainda a destruição da viatura que foi incendiada”.
Macuácua disse a jornalistas que a Polícia da República de Moçambique enviou para a região um contingente que deteve um indivíduo, apreendeu uma viatura e duas motorizadas. A PRM atribuiu o ataque a Junta Militar da Renamo.
No entanto o presidente da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Ngongo, refutou a acusação. “Não fomos nós. Não sei com que base a polícia está a presumir que o ataque foi protagonizado pela Junta Militar. Sou presidente da Junta e os meus homens estão sob meu comando” disse telefonicamente a jornalistas o tenente-general Nhongo sugerindo que, tendo em conta a divisão no seio do maior partido de oposição, “talvez tenham sido os militares de Ossufo Momade”.
Este foi o primeiro ataque armado no Centro de Moçambique após as Eleições Gerais de 15 de Outubro, região historicamente palco de conflitos pós eleitorais envolvendo forças governamentais e guerrilheiros do partido Renamo.