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Agente da Polícia mata esposa com metralhadora de serviço em Manica

Um membro da Polícia da República de Moçambique (PRM), afecto à Unidade de Intervenção Rápida (IUR), tirou a vida da sua própria esposa, com recurso a uma arma de fogo, no princípio da noite do último domingo (23), no distrito de Gondola, província de Manica, supostamente devido a discórdias conjugais. É o segundo caso envolvendo um policial, num intervalo de quatro dias. O primeiro ocorreu em Tete.

O instrumento bélico usado no homicídio, por sinal uma Kalashnikov, ou seja, arma literalmente de guerra, é do serviço do indiciado, cuja identidade não foi revelada.

A vítima respondia pelo nome de Catariana Chapessa Sande, de 28 anos de idade.

Segundo apurámos, o agente em causa tinha sido escalado para uma missão, na cidade de Chimoio, no dia dos factos.

Contudo, em vez de seguir as instruções previamente dadas, ele dirigiu-se à sua residência, onde encontrou a mulher ocupada com os seus afazeres domésticos, chamou-a para o quatro e depois de uma curta confabulação disparou dois tiros fatais contra a cabeça da mesma.

Mas porquê tamanha barbárie? A família da finada disse o casal estava de costas voltadas, há dias, porque o marido alegava que perdeu a potência sexual em consequência de um acto de feitiçaria encomendado a um médico tradicional pela sua cônjuge. Há algumas semanas, o agente da IUR contactou o cunhado e manifestou o seu agastamento face à alegada bruxaria de que teria sido vítima, de tal sorte que não conseguia manter relações sexuais extraconjugais.

O cunhado sugeriu que o casal procurasse um médico tradicional para apurar o que estaria a acontecer com o homem. Não mais se soube a que conclusão os dois chegaram relativamente ao diferendo, até que todos foram colhidos de surpresa pela morte de Catarina.

Consumado o crime, o policial regressou ao trabalho como se nada tivesses acontecido. Os colegas foram informados sobre a ocorrência e de seguida confiscaram a sua arma de fogo e recolheram-no aos calabouços.

A PRM, através do seu porta-voz, Leonardo Colher, disse que está a investigar o que realmente aconteceu, mas o que se sabe até aqui é que o agente assassinou a esposa de deverá responder por isso.

Recorde-se que, um outro membro da Polícia feriu a sua mulher com recurso a uma arma de fogo e em seguida usou a mesma para tirar a sua própria vida, na última quarta-feira (19), no distrito de Chifunde, em Tete.

Trata-se de Joel Macário, que estava afecto ao Comando Distrital da PRM de Chifunde. A vítima ainda encontra-se sob cuidados médicos intensivos no Hospital Rural de Chifunde.

A par do caso ocorrido em Manica, ele usou a própria arma de fogo que lhe foi alocado pelo seu posto de trabalho, para cometer o crime.

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