Três indivíduos, dos quais um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), estão privados de liberdade, acusados de assassinato de uma jovem de 26 anos de idade na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado, e esconderam o corpo numa mata.
De acordo com informações fornecidas ao @Verdade, um jovem parente da vítima convidou um amigo para juntos entrarem, sorrateiramente, à noite, no quarto da rapariga e se apoderarem de um telemóvel para posterior venda.
Os vizinhos e a família começaram a dar falta da finda na última sexta-feira (27) e o seu cadáver só foi descoberto na terça-feira (01), numa mata na Avenida da Marginal e em estado de decomposição.
As autoridades não tiveram um trabalho facilitado para remover os restos mortais por causa do mau estado em que se encontrava. O Comando Provincial da PRM em Cabo Delgado confirmou que o homicídio envolve também um jovem próximo à vítima mas que até ao fecho desta edição estava a monte.
As declarações de um dos indiciados, por sinal amigo do fugitivo, sugerem este foi quem deu as coordenadas sobre a residência da malograda e o objetivo era supostamente roubar um telemóvel.
“O meu amigo e disse para irmos buscar o telefone e nada havia de acontecer porque a dona estava a dormir”, disse o indiciado.
Porém, o plano frustrou-se. A vítima começou a gritar, desesperada. “Nós não queríamos fazer mal a ela”, contou o jovem e considerou que a rapariga pode ter morrido em consequência ter sido apertada o pescoço e tapada boca pelo amigo foragido.
“Quando soltámos a ela continuou deitada na cama sem se mexer e pensávamos que ela tivesse desmaiado”, prossegui o acusado, admitindo que também imobilizou a finada pelo braço e ordenou para que se mantivesse caldada no momento em que tentava gritar pelo socorro.
Após o assassinato, o membro da PRM, apoderou-se de um televisor da finada e foi vendê-lo a um cidadão de nacionalidade estrangeira, o qual também está detido.