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África do Sul: mineiros grevistas acusados pelas mortes dos seus companheiros mortos pela polícia

A justiça sul-africana acusou, esta Quinta-feira (30), de homicídio os 200 mineiros detidos após o protesto de 16 de Agosto, em Marikana, que resultou na morte de 34 mineiros abatidos a tiro pela polícia. 70 outros mineiros, que ficaram feridos pelas balas da polícia, também serão acusados assim que receberem alta hospitalar.

Uma disposição legal considera que todos os envolvidos num crime são responsabilizados pelos resultados desse acto. Assim, os mineiros serão acusados de terem entrado em confronto com as forças de segurança, contribuindo para o trágico desfecho.

Até ao momento, nenhum dos agentes que disparou sobre os mineiros foi acusado, estando ainda a decorrer uma comissão de inquérito para averiguar a acção da polícia na manifestação.

A situação está a indignar largos sectores da sociedade sul-africana, mesmo porque a disposição legal invocada era frequentemente usado pela minoria branca durante o Apartheid contra os activistas que opunham ao regime.

Adicionalmente, as autópsias às vítimas do tiroteio indicam que muitos dos mineiros foram baleados pelas costas, o que contraria a versão da polícia de que disparou contra um grupo de mineiros que investia contra si.

Entretanto, o impasse entre os mineiros em greve e a administração da Lonmin, empresa que explora a mina, prossegue e a produção está paralisada há já três semanas. Os mineiros reivindicam aumentos salariais e melhoria das condições de segurança.

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