A Ordem dos Advogados do Burkina Faso comprometeu-se a prestar “gratuitamente” assistência jurídica a todas as famílias das vítimas do acidente da Air Algérie que o desejarem, segundo um comunicado publicado sexta-feira em Ouagadougou.
“A Ordem dos Advogados do Burkina Faso comprometeu-sea pôr gratuitamente à disposição de todas as famílias que o desejarem uma equipa de advogados para lhes acompanhar nos procedimentos judiciais e lhe permitir acesso ao dossiê de investigação”, afirmou o comunicado assinado pelo bastonário, Mamadou Traoré.
O voo AH 5017 da Air Algéria que ligava Argel (Argélia) a Ouagadougou (Burkina Faso) caiu na noite de quarta-feira, 23 de julho, no norte do Mali, a 50 quilómetros o norte da fronteira com o Burkina Faso, fazendo 118 vítimas de 16 nacionalidades, incluindo 54 Franceses e 28 Burkinabes.
“Muitas vítimas são nossos amigos, nossos pais, nossas relações profissionais e, especialmente, uma delas é filha de um dos nossos colegas”, acrescentou Mamadou Traoré, afirmando que “é a nossa modesta contribuição para auxiliar tecnicamente as famílias. “
As Procuradorias-Gerais de Ouagadougou e de Paris (França) já abriram inquéritos judiciais por “homicídios involuntários por imprudência, desatenção, negligência ou violação da obrigação de prudência ou de segurança imposta pela lei ou pelo regulamento”.
Poucos dias depois do acidente, as caixas negras da aeronave foram encontradas e a análise dos dados fornecidos deveriam começar sexta-feira em Paris. Gendarmes franceses também chegaram quinta-feira a Ouagadougou para recolher o ADN dos parentes no quadro da identificação dos restos das vítimas para a organização dum funeral decente.