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Activistas sírios acusam a força de Assad de massacre perto da capital

Os activistas da oposição síria acusaram, este Domingo (26), o exército do presidente Bashar al-Assad do massacre de centenas de pessoas numa cidade perto da capital que as forças do governo haviam retomado dos rebeldes.

Na cidade de Daraya, ao sudoeste de Damasco, cerca de 320 corpos, incluindo mulheres e crianças foram encontrados e, de acordo com os activistas, a maioria foi executada pelas tropas, em incursões de casa em casa.

Os activistas publicaram vários vídeos na Internet a mostrarem fileiras de corpos ensanguentados e enrolados nos lençóis.

A maioria dos mortos parecia de ser de jovens rapazes, em idade de combate, mas pelo menos um vídeo mostrava várias crianças que pareciam ter levado um tiro na cabeça. Devido às restrições impostas à imprensa não estatal na Síria, foi impossível confirmar de forma independente os relatos.

Os confrontos estão intensos em toda a Síria, onde a rebelião de 17 meses torna-se cada vez mais sangrenta, especialmente na cidade de Aleppo. Os combates em Alepo, Domingo, foram os mais violentos nos últimos dias, de acordo com os jornalistas da Reuters no local.

Caças lançaram bombas e mísseis nos distritos controlados pelos rebeldes, ao sul de Aleppo, a maior cidade da Síria, enquanto os moradores fugiam, em pânico. Jornalistas da Reuters ouviram fortes explosões. A revolta começou como protesto pacífico e transformou-se numa brutal guerra civil.

Os inspectores da ONU acusaram ambos os lados de crimes de guerra, mas culparam mais enfaticamente as tropas do governo e milícias pró-governo, do que os rebeldes.

Os assassinatos em Daraya, uma cidade sunita que sofreu três dias de bombardeios antes de ser invadida pelo Exército, Sexta-feira (24), elevaram o número de mortos para 440 só no Sábado, um dos mais elevados números desde que o levante começou, disse uma rede de activistas.

A agência oficial de notícias pronunciou-se sobre as mortes: “As nossas heróicas forças armadas limparam Daraya dos remanescentes dos grupos de terroristas armados que cometeram crimes contra os filhos da cidade”.

O número de mortos, este Domingo, foi de mais de 90, incluindo civis e combatentes, de acordo com outra rede de activistas, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

O relatório dizia que pelo menos oito pessoas foram mortas e dezenas foram feridas quando as forças de segurança bombardearam, Domingo, a cidade de Basra al-Sham, na província de Deraa, com uma grande possibilidade do aumento do número de mortos.

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