O activista indiano anti-corrupção Anna Hazare regressou à sua aldeia, três dias depois de ter terminado a greve de fome que durou 12 dias, na capital, Deli.
Hazare chegou a Ralegan Siddhi, em Maharashtra, após ter sido liberado do hospital de Deli, na quarta-feira, uma vez que os médicos consideraram que estava “quase restabelecido”. O activista de 74 anos pôs fim à greve de fome depois de o primeiro-ministro indiano ter expressado a sua abertura a fazer mudanças na legislação anti-corrupção.
A população indiana ficou encolerizada pela série de escândalos de corrupção no Governo, e como tal a campanha de Hazare obteve o apoio de dezenas de milhares de pessoas, que participaram nos protestos por todo o país.
Anna Hazare perdeu mais de sete quilos durante aquela que foi a sua greve de fome com maior duração – 12 dias. “A saúde de Anna encontra-se excelente agora, e ele está a comer com normalidade”, disse um porta-voz à AFP. Centenas de aldeões deram as boas-vindas ao activista quando chegou na quarta-feira a Ralegan Siddhi, noticiou a BBC.
Depois de várias conversações e projectos de desenvolvimento levados a cabo por Hazare, Ralegan Siddhi, que outrora era pobre e assolada pela seca, tal como outras áreas rurais da Índia, passou a ser considerada pelo Banco Mundial como uma aldeia que serve de exemplo.
Um estudo recente concluiu que a corrupção na terceira maior economia custou milhares de milhões de dólares e constitui uma ameaça ao crescimento da Índia.