A morte do jogador de críquete australiano Phillip Hughes foi causada por um “acidente insólito”, depois do qual o batedor de 25 anos teve pouca chance de sobreviver, disseram os médicos, esta quinta-feira (27).
Hughes foi atingido por um lançamento a curta distância na terça-feira, enquanto jogava uma partida pelo campeonato local, e permaneceu inconsciente até morrer no hospital St. Vincent nesta quinta-feira.
“Acho que, nesse caso, esse foi um acidente insólito, porque foi uma lesão no pescoço que causou hemorragia cerebral. A condição é extremamente rara”, disse o médico da equipe australiana de críquete, Peter Brukner, em uma coletiva de imprensa no hospital.
A lesão, chamada hemorragia subaracnóide, ocorre quando uma artéria é comprimida e se rompe, forçando a entrada de sangue no cérebro. Apenas um outro caso havia sido registado em decorrência de uma bolada de críquete, disse Brukner. Lesões trágicas do género costumavam ser rapidamente fatais, mas Hughes foi ressuscitado ainda em campo e levado para o hospital em “condições razoáveis”, acrescentou.
Tony Grabs, director de cirurgia traumática do hospital St. Vincent, disse que Hughes foi levado rapidamente para a mesa de operações, onde parte do seu crânio foi removido para aliviar a pressão cerebral.
“Por um período entre as primeiras 24 e 48 horas, como sabemos, ele não teve nenhuma melhoria e, infelizmente, morreu em consequência da lesão”, disse Grabs.
Os fabricantes de equipamentos de segurança para críquete disseram antes que o acidente de Hughes foi incomum e nada hoje disponível no mercado poderia ter prevenido o acidente.