Policiais e oficiais de Justiça dissolveram, na madrugada da Terça-feira, o acampamento anti-capitalista instalado em frente à catedral de Saint Paul, em Londres, encerrando quatro meses de protestos que ecoavam a indignação dos britânicos com os imensos bónus concedidos a executivos de bancos no meio da crise financeira que assola o país.
Não houve resistência violenta por parte dos activistas do movimento Ocupe Londres. Os oficiais de Justiça, funcionários da Corporação da Cidade de Londres, proprietária do terreno onde estava o acampamento, levaram cerca de uma hora para retirar 50 barracas, logo depois da meia-noite.
O acampamento foi montado como parte de um movimento internacional inspirado pelo Ocupe Wall Street, de Nova York, mantido por activistas que combatem a cobiça corporativa e as desigualdades económicas.
Ele foi um dos principais protestos da Europa nos últimos meses, período em que o continente debate-se com uma grave crise da dívida pública.
Na América do Norte, as autoridades de várias cidades recorreram à violência para desmantelar acampamentos semelhantes, mas no caso de Londres a acção foi em geral pacífica.
“É uma noite triste, mas já estava para acontecer”, disse o acampado Dan Ashman, de 27 anos.
“O dia mais triste foi quando os tribunais não reconheceram a realidade, e sim a realidade que as autoridades colocaram diante deles.”