O abrandamento do crescimento da economia sul-africana a se registar ao longo do presente ano de 2013 terá fortes repercussões negativas em Moçambique, segundo projecções mais recentes do World Economic Outlook (WEO) do Banco Mundial.
Segundo as mesmas projecções, Moçambique deverá enfrentar ao longo do presente ano “riscos moderados originados pelas incertezas globais” nas perspectivas de crescimento económico mundial, especificando que “Moçambique está também exposto a riscos relacionados com fluxos de ajuda mais baixos e redução do acesso às finanças internacionais”.
No entanto, há fortes factores “atenuantes” a estes riscos que advirão dos compromissos de ajuda externa sólidos para 2013 que são maiores do que os desembolsos de 2012, produção de carvão em franca expansão por ter continuado forte o investimento directo estrangeiro em vários megaprojectos, bem como fluxos de comércio “razoavelmente estáveis”, como são os casos das exportações e importações de energia eléctrica e de produtos alimentares com a África do Sul.
A World Economic Outlook observa, no entanto, que a oferta de comida regional e dos preços internacionais vai precisar de ser monitorada de perto, uma vez que os preços de milho começaram a aumentar em Agosto de 2012.
Termina o World Economic Outlook sossegando as autoridades moçambicanas ao sublinhar que elas não esperam fortes pressões sobre os preços e que as mesmas autoridades “têm algum espaço limitado para responder a choques esperados em 2013”.
Refira-se, entretanto, que em 2012 os fl uxos da ajuda externa reduziram em cerca de 11,8%.