As cidades de Maputo e Shanghai, na China, poderão contar, a partir do início do próximo ano, com uma ligação aérea que vai estimular e incrementar o intercâmbio económico entre os dois países no âmbito do estreitamento das relações em várias áreas de cooperação.
A China, manifestamente interessada na concretização do desiderato, já tem inclusive o aval do Instituto de Aviação de Pequim, aguardando apenas pela resposta do Ministério dos Transportes e Comunicações de Moçambique (MTC) para iniciar a exploração desta rota.
Para o efeito, Cao Hougru, chefe de uma missão empresarial chinesa, disse, hoje, em Maputo, existirem inclusive duas companhias aéreas já interessadas na exploração desta nova rota.
“Penso que é apenas uma questão de procedimentos, mas se não houver nenhum imprevisto a ligação aérea poderá ser estabelecida a partir dos princípios do próximo ano”, disse o chefe da missão, no final da audiência concedida pelo Primeiro Ministro moçambicano, Aires Ali.
A visita da emissão empresarial em busca de oportunidade de negócio é resposta ao apelo feito nesse sentido pelo Primeiro Ministro na sua recente deslocação àquele país, em total ebulição económica, onde nos vários encontros havidos apelou ao empresariado local para investir em Moçambique.
A missão que integra mais de uma dezenas de empresários de vários sectores de actividades, desde a energia, financeiro, mineração e agro-processamento busca oportunidades de investimento no país.
No sector financeiro, por exemplo, Cao Hougru, disse que a vontade do empresariado chinês é abrir um banco de investimento para grandes projectos.
A China tem também interesse no domínio de construção de barragens e no desenvolvimento integrado dos recursos energéticos, com enfoque para o carvão, que Moçambique possui reservas em quantidades bastante aliciantes e atractivas.