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A Boa Viagem de Maimuna Adam

A Boa Viagem de Maimuna Adam

A exposição de artes plásticas que, recentemente, foi inaugurada no Centro Cultural Kulungwana, contendo obras da autoria da artista plástica Maimuna Adam, desperta a atenção do público. Intitulada Bon Voyage, ou simplesmente Boa Viagem, as criações transportam-nos para mundos imemoriais, memoráveis, actuais e fictícios…

Falando ao @Verdade, Maimuna Adam diz que o título da mostra revela muito mais do que uma simples partida física dos homens – de um lugar para o outro – mas, também o desaparecimento da alma, de uma memória ligada à viagem e de tudo o que vai e vem sempre que assim o tempo determinar.

“A mostra Bon Voyage inspira-se num trabalho que resulta da minha experiência laboral ao longo de várias viagens pelo mundo”, refere a artista que está preocupada com os percursos que a distanciam dos seus familiares, muitos dos quais espalhados pelo mundo, onde experimentam novas maneiras de ser e estar nessas culturas.

Maimuna tem fé de que, independentemente do idioma de cada pessoa, a linguagem que se emprega nas suas criações é universal e, por essa via, utilizada pela humanidade. É verdade que existem diferenças subtis, mas todas as pessoas que experimentam uma viagem, muitas vezes, não têm como evitar um “até à próxima”.

Trata-se de um experiência – à partida – muitas vezes emocionante que, se não nos impele a chorar, instala em nós um vazio em relação a quem abandonámos. Essa vivência repete-se quando acabamos de conhecer alguém que não obstante, sem explicação nenhuma, ao tornar-se importante nas nossas vidas, tem de, imediatamente, partir.

É dentro desse contexto que se explica que, na verdade, ninguém gosta da despedida e da partida, mas a maioria das pessoas aprecia os votos de uma boa viagem. Esta migração que nos leva à procura da materialização de diversos motivos, algo que está mais além, marca sempre a história dos povos.

Nesse sentido, as viagens são uma experiência que, para Maimuna Adam, também marca os moçambicanos desde os tempos imemoriais. “As razões e as histórias são desconhecidas e variadas, porque dependem das necessidades das pessoas, incluindo a sua sede pelas aventuras”.

A mostra Bon Voayege está patente no Centro Cultural Kulunguane, em Maputo, até o início de Novembro próximo.

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