A Organização Internacional do Trabalho (OIT), através do seu Centro Internacional de Formação, firmou um contrato com a Gapi para que esta instituição Financeira de Desenvolvimento forme gestores de cooperativas em Angola.
As capacitações, em matérias ligadas à gestão de cooperativas de agronegócios, iniciam nesta semana e se estenderão por três semanas, prevendo-se que cubram cerca de cinco centenas de gestores das três regiões daquele país.
“A prestação destes serviços além fronteiras representa a internacionalização das actividades da Gapi, cuja actuação nos últimos trinta anos tem merecido a atenção e reconhecimento de entidades nacionais e internacionais.” – considera Adolfo Muholove, presidente da Comissão Executiva da Gapi.
“A nossa metodologia de intervenção integrada, na qual combinamos Serviços Financeiros, Serviços de Consultoria e Capacitação em Gestão de Negócios e Serviços de Desenvolvimento Institucional, nos permite contribuir para apoiar o surgimento e/ou fortalecimento de instituições como as cooperativas que vão beneficiar da nossa intervenção” – adiantou o PCE da Gapi.
Esta actividade que foi precedida da formação de formadores, no passado mês de Maio, vai permitir dotar os cooperativistas daquele país, de ferramentas ligadas à gestão de cooperativas agrícolas, pecuárias e de aquacultura.
A Gapi, através dos seus técnicos e gestores, vem ministrando – baseada na sua experiência de mais de duas décadas na concepção e gestão de programas de desenvolvimento – formações e capacitações em diversas áreas e em parceria com organizações internacionais, dentre as quais a OIT, com quem tem trabalhos conjuntos desde o início dos anos 2000.
As duas instituições têm cooperado para conceber e implementar projectos focados na geração de emprego e melhoria da resiliência de pequenos negócios em contextos sociais e económicos adversos, como o da actual pandemia.
É à luz dessa cooperação que estão ser abrangidos os mercados Umpala – Boane; Xiquelene – Maputo e Mercado Novo – Vilanculo, no âmbito de um programa denominado PRODEM, que visa apoiar a organização da economia informal e reforçar os sistemas de protecção social, com enfoque nos mercados.
Em 2020, empresas de jovens e mulheres, sediadas na cidade da Beira e no distrito de Dondo, beneficiaram de um projecto-piloto que contribuiu para aumentar ou criar resiliência nos seus negócios, de modo a que tenham continuidade após a ocorrência de desastres naturais.