Um bebê que sofre de uma doença irreversível será desligado, pelos pais, dos aparelhos de respiração artificial que o mantêm vivo, depois de uma longa batalha na justiça. A decisão foi divulgada no sétimo dia de um dramático julgamento no qual os médicos, apoiados pela mãe, pediam para desconectar o bebê para evitar maior sofrimento, mas o pai alegava que, apesar da imobilidade do corpo do filho, o cérebro do paciente não estava afetado.
“Todas as partes estão agora de acordo sobre o fato de que o melhor para RB (como ficou sendo chamado) é seguir o caminho sugerido pelos médicos”, declarou o juiz no tribunal, onde os pais, que estão separados, soluçavam aos prantos. O juiz considerou o desfecho do caso triste, mas inevitável, e prestou homenagem aos pais, cujo compromisso com seu filho inspira profundo respeito e admiração.
O pequeno, que sofre de uma grave doença neuromuscular que o impede de respirar e mover suas extremidades, vive na unidade de cuidados intensivos de um hospital conectado a um respirador artificial desde que nasceu, em 10 de outubro de 2008.
O pai do bebê dizia inicialmente que seu filho poderia ser desconectado do respirador se passasse por uma traqueostomia. No entanto, os especialistas que prestara, depoimento no tribunal durante a última semana se mostraram unanimemente contrários a esta intervenção.