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Luta contra o cancro da mama

O cancro da mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário, sendo mais frequente nas mulheres com idade compreendida entre os 35 e os 55 anos, mas também pode atingir os homens. Esta doença é curável. Contudo, a possibilidade de cura é tanto maior quanto mais pequeno for o tumor e quanto mais precoce for o diagnóstico.

Depois do cancro do pulmão, o da mama é a segunda maior causa fatal em mulheres e o número de casos vem crescendo de forma significativa nos últimos anos, um fenómeno parcialmente devido ao estilo de vida moderno que se leva em algumas sociedades. Não se conhecem os factores responsáveis pelo aparecimento do cancro da mama, mas sabe-se que há determinadas características que aumentam o risco, tais como a idade superior a 50 anos, antecedentes familiares de linha directa com cancro da mama, primeira gravidez com mais de 35 anos, primeira menstruação antes dos 12 anos e menopausa depois dos 54 anos.

Geralmente, a doença pode apresentar diversos sintomas, nomeadamente o aparecimento de nódulo ou endurecimento da mama, mudança no tamanho ou no formato da mama, alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama, secreção contínua por um dos ductos e inchaço significativo ou distorção da pele e/ou mucosas. O diagnóstico definitivo de um nódulo só é possível quando retirado. Os nódulos malignos são geralmente únicos, duros, de limites irregulares, pouco móveis e indolores. Na maior parte dos casos localizam-se no quadrante supero-externo da mama.

Mulher que sobrevive à doença

Era um dia igual a qualquer outro do ano de 2007 quando Maria do Céu, de 41 anos, funcionária pública na área de educação, se apercebeu de que havia algo de anormal com a sua mama, logo após ter encostado o seu peito na porta de geleira. “Chegava à casa, depois de mais um dia de trabalho, tive sede e, ao abrir a geleira, senti uma coisa dura na minha mama”, lembra Maria do Céu e, assustada com o estado da mama, resolve telefonar para a uma amiga que também mora na mesma cidade, Chimoio, província de Manica. Notando o endurecimento da mama, a amiga da Maria do Céu não teve dúvidas de que se tratava de um cancro e, de seguida, aconselhou-a que fosse a Maputo em busca de tratamento.

Maria do Céu, ignorando o conselho, decide fazer uma consulta no hospital provincial de Manica onde os médicos garantiram trata- se de um simples quisto que iria desaparecer com o andar do tempo. Pelos sintomas, a amiga insistiu na ideia de que Maria do Céu deveria partir para a capital do país. Deste modo, ela pediu 15 dias de férias e foi para a capital.

Chegou a Maputo, em Junho do mesmo ano e, dois dias depois, marcou a consulta, tendo sido, um mês depois, submetida a um diagnóstico onde se veio a saber que possuía uma cancro maligno. Em Setembro, teve de fazer a primeira quimioterapia e, de três em três meses, tem de voltar à capital para fazer o controlo. Desde então, Maria do Céu tem sido submetida a tratamento que durará cerca de cinco anos. Todavia, não deixa de lamentar o facto de não dispor de condições financeiras suficientes para obter os medicamentos.

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