Continuam a circular boatos sobre os alegados processos do MDM perdidos. O Movimento Democrático de Moçambique, MDM, já apresentou queixa formal à Procuradoria Geral da República, PGR, sobre processos de candidatos que foram perdidos ou roubados dentro da Comissão Nacional de Eleições, CNE, para impedir o MDM de contestar algumas províncias.
Num artigo no diário por fax Canalmoz de sexta-feira, o director Fernando Veloso escreve que a PGR está a levar a acusação a sério e que provavelmente poderia ser acusado o membro da CNE nomeado pela Renamo, Ezequiel Molde Gusse.
Talvez em resposta a isto, António Salomão Chipanga, membro da CNE e coordenador da Comissão de Assuntos Legais e Deontológicos da CNE, fez um comentário muito estranho quando informava observadores da comunidade diplomática em Maputo, na sexta-feira. Admitiu que a CNE não estava preparada para os milhares de processos que foram submetidos no último dia, 29 de Julho, e que foram deixadas caixas espalhadas pela CNE.
Então, segundo ele, houve um “vento maligno” que aparentemente teria espalhado alguns papeis por ali. Numa subsequente entrevista telefónica com o Boletim, Antonio Chipanga disse que os papeis dos partidos politicos voaram como toda a gente viu na televisão, o que mostrava a desorganização dos partidos mas isso não tinha nada a ver com os processos em falta do MDM.
Para a CNE, os processos em falta do MDM simplesmente nunca foram recebidos, nao se sabendo se terão ou não voado naquela sexta-feira. Entretanto uma eminente individualidade de uma anterior comissão de eleições, tem estado a contar a associados seus que sabe que dois membros da CNE, de facto, rasgaram processos de candidatos do MDM.
Com a CNE mantendo o segredo sobre todos os seus registos relativos à apresentação de documentos de candidatos, estas estórias são impossíveis de verificar. E nesta atmosfera de secretismo, os boatos avolumam-se.